Donna (Zero Hora) de hoje publica uma excelente entrevista com o historiador Georges Minois, autor do livro A Idade de Ouro - História da busca da felicidade.
No primeiro olho editado, Minois expressa o seguinte: "O que as pessoas mais desejam é conforto material e diversão. Acima de tudo, sem reflexão, porque refletir é depressivo".
No segundo olho: "Tento ser realista e lúcido, o que significa que sou pessimista. Valorizo a busca da verdade, não da felicidade".
Para definir o que significa a palavra felicidade, o entrevistado responde:
"Sou um historiador, portanto meu trabalho é estudar como as pessoas enxergaram a felicidade e tentaram alcançá-la, desde a Antiguidade até os dias atuais. Descobri que, quanto mais falam sobre felicidade, menos felizes as pessoas são. Essa procura virou uma obsessão, ao mesmo tempo em que nunca existiram tantas pessoas deprimidas. Quanto mais deprimidas, mas as pessoas falam de felicidade. "Seja feliz!' é a ordem do dia. Você deve ser descolado, otimista, descontraído. Se não é nada disso, sente-se culpado, deve procurar um analista e tomar medicamentos. Felicidade a qualquer custo. Isso é uma bobagem. O mais claro sinal de felicidade é quando você não pensa mais nisso. É como o que se fala sobre o diabo: seu melhor truque é nos fazer acreditar que ele não existe (o que é verdade, a propósito). A felicidade está presente quando você pensa que ela não existe".
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