Todo iniciante na poesia generaliza como sendo a rima o que há de mais importante na arte da palavra. Para não contrariá-lo (o que pode ser considerado bullying literário), vamos dar uma analisada nessa que se constitui numa microestrutura rítmica. Entre as várias classificações em que se enquadra a rima, destaca-se a qualidade dos vocábulos. Nesse aspecto, a rima pode ser: pobre, rica, rara ou preciosa. Também aqui os iniciantes são facilmente identificados: seus poemas são rimados pauperrimamente.
Rima pobre: feita com palavras da mesma classe gramatical (principalmente verbo com verbo, no infinitivo, no gerúndio ou no particípio);
Rima rica: feita com palavras de classes diferentes;
Rima rara: obtidas com palavras para as quais haja poucas rimas possíveis (edifício - orifício, cisne - tisne, profícuo - conspícuo...);
Rima preciosa: feita com palavras combinadas: múmias - resume-as, vence-a - sonolência, vê-las - estrelas...).
No livro Poesias novíssimas & antycqüas, do Oracy Dornelles, há muitos exemplos brilhantes de rimas ricas, raras e preciosas. Outro poeta que trabalha com rimas preciosas é Gilberto Mendonça Telles.
4 comentários:
muito boa explicação... sucinta e objetiva :) obrigada
Excelente, Senhor!
Muito bom compartilhar.
Excelente, Senhor!
Muito bom compartilhar.
Boas classificações mas, para leigos, fica impossível de "visualizar". Se você acrescentasse exemplos, ficaria mais esclarecedor. Quando citas os autores e os poemas, poderia selecionar partes em que são explicitadas essas rimas. Abraço, Gabriela Pozza
Postar um comentário