A cidade, quando cinza, parece um barco no meio da tarde, um barco que escurece a medida que se aproxima do cais. Não demora, é noite. Os ratos saem dos porões imundos, com a ousadia de quem sabe que seus predadores, os gatos, enfastiados de comida, ou dormem aos pés dos homens, ou correm atrás de fêmeas no cio. Cidade, ratos, gatos, homens... tudo navega por esse mar sempre antes navegado, perdidos dentro da neblina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário