Em 25 jun 10, postei sobre o filme Brilho de uma paixão, que mostra os últimos anos de vida de John Keats, um dos maiores poetas inglês. Ontem, quando a cidade adquiria feições românticas, vestida de cinza, vi o filme de Jane Campion (diretora de O Piano), com Abbie Cornish e Ben Whishaw no papel, respectivamente, de Fanny Brawne e Keats.
Sinopse: "Em 1818, o irmão do jovem poeta John Keats adoece e a vizinha Fanny Brawne oferece seus cuidados. Encantado, John se aproxima da moça com o pretexto de ensiná-la poesia. Os dois pertencem a mundos totalmente distintos, mas isso não impede que se apaixonem. E no momento em que a mãe de Fanny e o melhor amigo de John descobrem o caso, já é tarde demais para tentarem desaconselhá-los. O casal mergulha num romance obsessivo no qual a paixão é tão forte quanto as turbulências".
Numa relação dos dez maiores poetas da humanidade, Will Durant inclui John Keats, deixando de fora Ésquilo, Sófocles, Horácio, Ovídio, Virgílio, Petrarca, Milton, Goethe, Byron, Victor Hugo, Heine, Poe, entre outros.
Em Canto ao Rouxinol, o poeta escreve:
Na penumbra escuto e muitas vezes me enamoro da Morte serena, peço-lhe que me exsolva em sopro no ar quieto. Mais que nunca, hoje, parece-me belo morrer, cessar sem dor à meia-noite enquanto soltas pelo espaço o êxtase do teu canto. E continuarias cantando sem que eu, transfeito em pó, tenha ouvidos para ouvir teu sublime réquiem.
Em 1819, a tuberculose se manifesta agudamente. O poeta trocou a Inglaterra pela Itália em busca de sol, mas a mudança não lhe fez bem. Longe da amada, a ideia da morte passou a ser o único reconforto (escreve seu amigo Severn). Compôs o próprio epitáfio: "Aqui jaz alguém cujo nome está escrito na água". Morre em 23 de fevereiro de 1821, com apenas 25 anos, para a profunda tristeza de Percy Shelley (outro poeta inglês incluído na relação dos 10 maiores por Durant).
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