As siglas acima representam mais de 60 anos de operações no exterior, em que militares brasileiros participam para manter a paz no mundo (sob a égide da ONU ou não).
A Comissão Especial das Nações Unidas para os Balcãs (UNSCOB) foi estabelecida por uma assembleia-geral em 1947. Sua missão era vigiar as fronteiras entre a Grécia e Albânia, Iugoslávia e Bulgária. Um ano antes, "um forte movimento de inspiração comunista, liderado pelo General Markos e contando com mais de 25 mil militantes, opõe-se ao governo grego. (...) Os rebeldes refugiam-se ao longo da orla montanhosa que acompanha a linha de fronteira". Criam um território da "Grécia Livre", com um exército fortemente armado com equipamentos alemães abandonados, material aliado desviado durante a guerra e provisões recebidas de países comunistas. Na região de Grammos, praticam atos de sabotagem e atacam cidades do interior.
"Muitas atrocidades foram cometidas durante o conflito, mas o rapto em 1949 de 28 mil crianças de três a 13 anos pelos rebeldes da 'Grécia Livre' foi um dos capítulos mais dolorosos da época." (Esse filme se repete até hoje: eles revolucionam em nome da liberdade, mas acabam criando estados-prisão para o povo.)
Os guerrilheiro perderam o apoio da Iugoslávia, concomitantemente foram atacados com mais eficácia pelo Exército grego. A situação voltou à normalidade, com a Grécia livre daqueles comunistas que queriam uma "Grécia Livre".
"Uma rebelião promovida por ex-militares e policiais do Haiti resultou em violência generalizada e grave ruptura da ordem. (...) O presidente haitiano acabou deixando o país", quando os insurgentes ameaçavam marchar sobre Porto Príncipe. Outra vez, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou uma Força Multilateral Interina para o Haiti (FMIH) em 2004, sendo essa força substituída pela Missão das Nações Unidas de Estabilização no Haiti (MINUSTAH). A MINUSTAH continua em atividade.
(Citações transcritas do livro Brasil: 60 anos de Operações de Paz, de Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura.)
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