Entre os filósofos pré-socráticos, dois me chamam bastante a atenção: Xenófanes e Heráclito. Os fragmentos mais importantes que resistiram ao tempo, dão conta que o primeiro combatia o antropomorfismo, a inclinação natural de o homem criar deus a sua imagem e semelhança, e o segundo defendia o eterno fluir das coisas, a verdade é o devir. Heráclito comparava as coisa com a corrente de um rio, onde ninguém pode entrar duas vezes, porque na segunda vez outro será o rio. Platão foi um de seus primeiros e mais confiáveis intérpretes, mas não chegou a dizer que, mesmo sendo a mesma corrente, também não era mais o mesmo aquele que entra nela. Este momento é único, e a vida constitui uma sucessão de momentos, desde a concepção à morte.
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