Perguntei por um gaúcho autêntico em postagem anterior, sabendo que ele existe, sim, no interior do Rio Grande do Sul. Pensei no meu pai, como o fez por escrito meu comentarista em relação ao seu pai, com 77 anos. Mesma idade do meu velho, ainda residindo no campo. Poucos andaram e andam a cavalo mais do que seu Vatinho. Até tropeiro foi, numa época de vacas magras para nós (ou de vacas gordas para os grandes fazendeiros). Desde que me conheço por gente, levanta cedo, toma chimarrão, come o resto de assado do dia anterior, encilha o cavalo e vai para a lavoura (nos dias de trabalho) ou para o clube (nos domingos). Sempre de bombacha, para trabalhar, ir ao clube ou à cidade de vez em quando. Troca a pior pela melhor, coloca as botas, vai a cavalo até a parada do ônibus. Dispensa o automóvel, o qual não sabe dirigir. Em Santiago, frequenta o banco, a cooperativa, a churrascaria, a casa dos parentes... Volta às quatro em ponto da tarde. Em casa, forçado é a cozinhar desde que minha mãe faleceu (em 2006). Vacina, castra e cura animais, os seus e de todos os outros, porque é "especialista" e voluntarioso. Hoje é o mais experiente no Rincão dos Machado, onde vive há mais de meio século. Um autêntico gaúcho.
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