sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COPENHAGUE

Quanto mais seriedade se exige dos homens e quanto mais sérios se portam, principalmente pela importância de que são investidos, mais eles descambam para o risível. A estratégia teria seu efeito desejado, caso fosse para produzir humor. Mas a questão é de elaborar um documento em que está em jogo o próprio futuro da humanidade. Os homens reunidos em Copenhague não são palhaços, mas autoridades máximas de seus países, cujo grande objetivo é pensar em medidas práticas que diminuam a agressão humana ao meio ambiente. De cara, os dois maiores agressores do planeta (EUA e China) provocam uma cisão nos entendimentos para a agenda de Copenhague. A de Kyoto não teve outro destino que não o de virar uma piada. Propunha a redução de meros 5% na emissão de gases poluentes (uma gota a menos no veneno de um suicida). Não houve redução coisa alguma, mas um acréscimo incalculável a partir do desenvolvimento industrial da China, Índia, Brasil, entre outros. Tais organizações nacionais querem tecnologia e dinheiro dos norte-americanos e europeus, como paga pela poluição que estes já provocaram até agora. Isso não é risível?
Neste blog já fiz algumas postagens sobre esse assunto, textos que publiquei no Expresso Ilustrado, como A grande piada e Ecologia ou discurso ingênuo.

Um comentário:

Al Reiffer disse...

Faço minhas estas tuas palavras.