domingo, 25 de novembro de 2007

JARDIM DO CÉU

A Lua cheia sempre foi um motivo para a contemplação dos humanos mais evoluídos em apreender a beleza do Universo, das flores às estrelas. Os poetas são essencialmente contempladores. Seus olhos percebem o objeto diante de si e internalizam a imagem do mesmo. No âmago de seu ser é processada uma apreciação estética que retorna ao objeto pelo olhar. O ato de contemplar ocorre instantaneamente, que se pode descrevê-lo partindo do observador para o objeto e vice-versa. No momento da contemplação, ambos se fundem, o objeto se humaniza e o sujeito se plasma no objeto. O poeta é o sujeito que vivencia a experiência. O fenômeno da criação é sua tentativa de reproduzir lingüisticamente a experiência vivida. Por isso, ele acaba personificando quase tudo o que vê ao redor, como um ousado demiurgo. As pessoas avessas à poesia não vêem a Lua como algo mais que uma lua simplesmente. Demoram a entender uma prosopopéia ou uma metáfora que atribui às coisas, seres e fenômenos da Natureza um sentimento próprio do poeta. Dessa forma, não sabem o quanto é belo o luar, ainda mais quando refletido nos olhos da pessoa amada. Nas noites sem Lua, não vêem as estrelas, incapazes de conceber que estas são flores no jardim do céu.


4 comentários:

Eliziane Pivoto Mello disse...

há, é verdade, é tanto pra fazer que a gente fica totalmente sem saber por onde começar....há , e temos que fazer o trabalho para sexta, da Sandra...meu deus, é tanta coisa..mas a gente dá conta!!!bjão e bom início de semana. Vou dormir agora (3:22) para tentar lebantar as 8:00...

Anônimo disse...

Mas para isso, o poeta precisa ter novamente a doçura em seu coração... Dessa forma, as estrelas se tornarão flores e a lua, zelo, que iluminará e cuidará desse magnífico jardim.

Vivi disse...

Olá poeta
Que legal...poracaso ou não, ontem a noite estava observando a lua. Apesar de não ser poeta...
Beijos e otima semana.

Anônimo disse...

Caro Froilam,
Seus comentários todos soam como uma aula, envolventes, lúcidos, sábios, sensíveis.
Não sou poeta, mas sinto, muito profundamente, tudo o que é belo. E sentir é quase tudo...
Um abraço,
Nivia