A Lua cheia sempre foi um motivo para a contemplação dos humanos mais evoluídos em apreender a beleza do Universo, das flores às estrelas. Os poetas são essencialmente contempladores. Seus olhos percebem o objeto diante de si e internalizam a imagem do mesmo. No âmago de seu ser é processada uma apreciação estética que retorna ao objeto pelo olhar. O ato de contemplar ocorre instantaneamente, que se pode descrevê-lo partindo do observador para o objeto e vice-versa. No momento da contemplação, ambos se fundem, o objeto se humaniza e o sujeito se plasma no objeto. O poeta é o sujeito que vivencia a experiência. O fenômeno da criação é sua tentativa de reproduzir lingüisticamente a experiência vivida. Por isso, ele acaba personificando quase tudo o que vê ao redor, como um ousado demiurgo. As pessoas avessas à poesia não vêem a Lua como algo mais que uma lua simplesmente. Demoram a entender uma prosopopéia ou uma metáfora que atribui às coisas, seres e fenômenos da Natureza um sentimento próprio do poeta. Dessa forma, não sabem o quanto é belo o luar, ainda mais quando refletido nos olhos da pessoa amada. Nas noites sem Lua, não vêem as estrelas, incapazes de conceber que estas são flores no jardim do céu.domingo, 25 de novembro de 2007
JARDIM DO CÉU
A Lua cheia sempre foi um motivo para a contemplação dos humanos mais evoluídos em apreender a beleza do Universo, das flores às estrelas. Os poetas são essencialmente contempladores. Seus olhos percebem o objeto diante de si e internalizam a imagem do mesmo. No âmago de seu ser é processada uma apreciação estética que retorna ao objeto pelo olhar. O ato de contemplar ocorre instantaneamente, que se pode descrevê-lo partindo do observador para o objeto e vice-versa. No momento da contemplação, ambos se fundem, o objeto se humaniza e o sujeito se plasma no objeto. O poeta é o sujeito que vivencia a experiência. O fenômeno da criação é sua tentativa de reproduzir lingüisticamente a experiência vivida. Por isso, ele acaba personificando quase tudo o que vê ao redor, como um ousado demiurgo. As pessoas avessas à poesia não vêem a Lua como algo mais que uma lua simplesmente. Demoram a entender uma prosopopéia ou uma metáfora que atribui às coisas, seres e fenômenos da Natureza um sentimento próprio do poeta. Dessa forma, não sabem o quanto é belo o luar, ainda mais quando refletido nos olhos da pessoa amada. Nas noites sem Lua, não vêem as estrelas, incapazes de conceber que estas são flores no jardim do céu.
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4 comentários:
há, é verdade, é tanto pra fazer que a gente fica totalmente sem saber por onde começar....há , e temos que fazer o trabalho para sexta, da Sandra...meu deus, é tanta coisa..mas a gente dá conta!!!bjão e bom início de semana. Vou dormir agora (3:22) para tentar lebantar as 8:00...
Mas para isso, o poeta precisa ter novamente a doçura em seu coração... Dessa forma, as estrelas se tornarão flores e a lua, zelo, que iluminará e cuidará desse magnífico jardim.
Olá poeta
Que legal...poracaso ou não, ontem a noite estava observando a lua. Apesar de não ser poeta...
Beijos e otima semana.
Caro Froilam,
Seus comentários todos soam como uma aula, envolventes, lúcidos, sábios, sensíveis.
Não sou poeta, mas sinto, muito profundamente, tudo o que é belo. E sentir é quase tudo...
Um abraço,
Nivia
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