segunda-feira, 26 de novembro de 2007

RETROSPECTIVA E ESPERANÇA

Entra ano e sai ano e uma coisa não muda em nós, humanos: o balanço retrospectivo em dezembro e a recorrência profética em janeiro. Esse comportamento precede a feitura do próprio calendário e sua origem recua para a pré-civilização, quando o homem teve consciência dos ciclos naturais. Sem exigir muito da imaginação, podemos dizer que esse costume pode se associar à prática da agricultura, entre 10 e 12 mil anos atrás. No século XX, depois de uma explosão belicosa (primeira metade), assistimos a uma explosão midiática, tudo adquirindo novos contornos antropocêntricos. O ano não é mais determinado pelo movimento da Terra em torno do Sol, mas por algo abstraído e internalizado de nossas atividades, eufemisticamente chamado de tempo psicológico.

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