O
tempo é de pessoas com suas agendas cheias, independentemente do status social
de cada uma delas. Elas não mais dispõem de horário vago de compromissos
cotidianos ou excepcionais.
Para a confirmação desse fenômeno
pós-moderno, basta que você organize um evento qualquer e convide seus amigos e
conhecidos. A maioria dará uma desculpa de não comparecimento, de algo
inadiável já marcado anteriormente.
Você corre o risco de contar com poucas
presenças ou com nenhuma delas, o que não mede a importância do evento, ou sua
importância como organizador do evento.
Da forma mais delicada possível, com
salamaleques verbais, mente-se sobre a agenda lotada. O contexto desse
autoengano é o direito que cada um dá à própria liberdade. Por trás desse
comportamento indiscutível, agiganta-se o narcisismo.
O autoisolamento narcísico, via de
regra, involui para um estado em que a pessoa, ao perder a referência do outro,
percebe-se sozinha no mundo e passa a sofrer de solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário