O
que você acha (ou pensa) sobre essa pintura?
Caso seu julgamento for depreciativo,
saiba que o quadro é um dos mais caros da história: U$ 149,70 milhões de
dólares (vendido pela Sotheby’s de Nova Iorque).
O autor é Jackson Pollock (1912-56),
pintor norte-americano, eminente representante do expressionismo abstrato.
A arte de Pollock, segundo
Lucie-Smith (1945), “era uma afirmação dos direitos de sonhos em contraposição
ao mundo exterior de fatos; [...] uma rejeição ao mecanismo”.
Ele poderia pintar antes do surgimento
da tecnologia, como pintaria durante ou depois da revolução industrial. Não
dependeu de técnicas já consagradas, tampouco teve referência a tudo o que fora
realizado esteticamente.
Palavras do artista:
Minha pintura não vem
do cavalete, mal estico a tela antes de pintar. Prefiro prendê-la, sem chassi,
sobre a parede ou o piso duro. Preciso da resistência de uma superfície firme.
Sinto-me mais à vontade no chão, mais próximo, mais parte da pintura, porque
assim posso caminhar ao seu redor, trabalhar dos quatro lados e literalmente me
fazer presente nela.
A grande inovação de Pollock era seu
tratamento dado ao espaço (Lucie-Smith, 1945):
Temos consciência da
superfície da pintura, mas também do fato que a maior parte da caligrafia
parece flutuar um pouco atrás dessa superfície, num espaço deliberadamente
comprimida e privada de perspectiva.
Muita
coisa é possível dizer sobre artista e obra. Caso você não entenda nada, por
favor, não os julgue depreciativamente.
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