sexta-feira, 25 de outubro de 2019

NÚMERO 1



       O que você acha (ou pensa) sobre essa pintura?
      Caso seu julgamento for depreciativo, saiba que o quadro é um dos mais caros da história: U$ 149,70 milhões de dólares (vendido pela Sotheby’s de Nova Iorque).
         O autor é Jackson Pollock (1912-56), pintor norte-americano, eminente representante do expressionismo abstrato.
         A arte de Pollock, segundo Lucie-Smith (1945), “era uma afirmação dos direitos de sonhos em contraposição ao mundo exterior de fatos; [...] uma rejeição ao mecanismo”.
         Ele poderia pintar antes do surgimento da tecnologia, como pintaria durante ou depois da revolução industrial. Não dependeu de técnicas já consagradas, tampouco teve referência a tudo o que fora realizado esteticamente.
         Palavras do artista:

Minha pintura não vem do cavalete, mal estico a tela antes de pintar. Prefiro prendê-la, sem chassi, sobre a parede ou o piso duro. Preciso da resistência de uma superfície firme. Sinto-me mais à vontade no chão, mais próximo, mais parte da pintura, porque assim posso caminhar ao seu redor, trabalhar dos quatro lados e literalmente me fazer presente nela.

         A grande inovação de Pollock era seu tratamento dado ao espaço (Lucie-Smith, 1945):

Temos consciência da superfície da pintura, mas também do fato que a maior parte da caligrafia parece flutuar um pouco atrás dessa superfície, num espaço deliberadamente comprimida e privada de perspectiva.

         Muita coisa é possível dizer sobre artista e obra. Caso você não entenda nada, por favor, não os julgue depreciativamente.

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