René
Descartes não é o “pai da modernidade”. Esta já estava em andamento desde a
invenção da imprensa (por Johannes Gutenberg), as grandes navegações, o
renascimento, a revolução copernicana, a reforma religiosa, Nicolau Maquiavel, Michel
de Montaigne e Francis Bacon, entre outros eventos que rompiam com o paradigma
medieval.
Depois de comprovado o heliocentrismo*
(por Nicolau Copérnico), da indução e dos ídolos
da mente (pensados por Bacon), todo o conhecimento passa a ser questionado, o
que levou Descartes a instaurar a dúvida como método epistemológico.
O fracasso da crença, da fé dogmatizante,
abre espaço para a razão, que se entrona no poder com duas certezas peremptórias,
que pertencem à metafísica: Eu e Deus.
O duvidar racional ficou a meio caminho
de um desenvolvimento pleno, falha que superestima a importância de Friedrich Nietzsche,
Sigmund Freud, Ludwig Wittgenstein, dos frankfurtianos, enfim, do pensamento
chamado pós-moderno.
*
O feito de Copérnico causou o que ficou conhecida como primeira frustração da
humanidade, o fim de uma ilusão, notadamente alimentada pela Igreja Católica, de
que a Terra era o centro do mundo – conforme reza o mito bíblico. (A segunda
frustração seria provocada por Charles Darwin, e a terceira por Freud.)
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