segunda-feira, 13 de maio de 2019

BANCA DE REVISTA



      As calçadas e as praças das cidades grandes cediam espaço para as bancas de revista. Essas lojinhas eram frequentadas até o final do século passado em razão da venda de jornais diários. As mídias visuais ainda não interferiam no hábito (e preferência) da leitura dos gêneros jornalísticos.
Mais que jornais, revistas superlotavam as estantes, balcões e expositores (que se expandiam para fora da loja). Crianças se alfabetizavam na perspectiva de ler histórias em quadrinho, que amalgamavam fruição e conhecimento de mundos. Todo leitor tinha lá seus personagens preferidos: Tarzan, Zorro, Tex Willer, Fantasma, Superman, Home-Aranha, Conan, Batman, entre outros.
 Novas gerações, todavia, que tiveram a televisão como baby-sitter, não acorreram às lojas frequentadas um dia pelos parentes adultos. Com o advento da Internet, houve uma invasão de máquinas e aparelhos que ameaçam a extinção do papel como interface de leitura analógica.
As bancas não vendem mais jornais e revistas. O comércio agora é de cheetos, refrigerantes, balas e chicletes. O prazer gastronômico e a diminuição da leitura provam a indiferença pós-moderna com os prazeres do espírito.

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