As calçadas e as praças das cidades grandes cediam espaço
para as bancas de revista. Essas lojinhas eram frequentadas até o final do
século passado em razão da venda de jornais diários. As mídias visuais ainda
não interferiam no hábito (e preferência) da leitura dos gêneros jornalísticos.
Mais
que jornais, revistas superlotavam as estantes, balcões e expositores (que se
expandiam para fora da loja). Crianças se alfabetizavam na perspectiva de ler
histórias em quadrinho, que amalgamavam fruição e conhecimento de mundos. Todo
leitor tinha lá seus personagens preferidos: Tarzan, Zorro, Tex Willer,
Fantasma, Superman, Home-Aranha, Conan, Batman, entre outros.
Novas gerações, todavia, que tiveram a
televisão como baby-sitter, não
acorreram às lojas frequentadas um dia pelos parentes adultos. Com o advento da
Internet, houve uma invasão de máquinas e aparelhos que ameaçam a extinção do
papel como interface de leitura analógica.
As
bancas não vendem mais jornais e revistas. O comércio agora é de cheetos, refrigerantes, balas e
chicletes. O prazer gastronômico e a diminuição da leitura provam a indiferença
pós-moderna com os prazeres do espírito.
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