sábado, 8 de novembro de 2014

SANTIAGO SOLIDÁRIO

Semanalmente, venho participando de uma reunião com representantes de diversas instituições locais, para fazer uma análise de como está indo a campanha Santiago Solidário e de traçar uma estratégia para melhor executá-la em vistas de seu objetivo: arrecadar R$ 1,00 por habitante de nossa cidade. Todo o dinheiro da coleta será destinado ao Asilo Santa Isabel, que necessita de reparos em suas velhas instalações, bem como de ampliação da capacidade para atender ao número crescente de pessoas asiladas. Urnas não mais empregadas pelo Sistema Eleitoral servem de receptáculo físico da campanha dentro de cada entidade/organização institucional. Depois de um mês, algumas dessas urnas foram abertas pelos coordenadores do Santiago Solidário. O coletado por elas não é nada animador, aquém da expectativa inicial (muito otimista). Anônimos santiaguenses depositam cédulas no valor de cinco, dez, cinquenta e cem vezes acima de um real (numa demonstração de alto espírito de solidariedade humana). Essas doações compensarão a atitude contrária daqueles que se abstêm de colaborar mais por falta de vontade do que por mesquinhez obviamente. A falta de vontade, nesse caso, confunde-se com indiferença e aponta para o sentido oposto da alteridade, o do individualismo radical. Sem o retorno midiático, que inclua seu nome ou sua imagem, o indivíduo não se engaja nessas campanhas beneficentes com anônima espontaneidade. Na próxima reunião, proporei que façamos outra campanha paralela e coerente com a que está em andamento: adesão ao grupo denominado Amigos do Asilo, hoje com apenas oito integrantes. Essas pessoas vêm trabalhando pelo asilo, fundamentadas na única virtude que persistiria no paraíso cristão: a caridade (uma vez que a esperança e a fé não são mais necessárias). 

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