Semanalmente,
venho participando de uma reunião com representantes de diversas instituições
locais, para fazer uma análise de como está indo a campanha Santiago Solidário
e de traçar uma estratégia para melhor executá-la em vistas de seu objetivo:
arrecadar R$ 1,00 por habitante de nossa cidade. Todo o dinheiro da coleta será
destinado ao Asilo Santa Isabel, que necessita de reparos em suas velhas
instalações, bem como de ampliação da capacidade para atender ao número
crescente de pessoas asiladas. Urnas não mais empregadas pelo Sistema Eleitoral
servem de receptáculo físico da campanha dentro de cada entidade/organização
institucional. Depois de um mês, algumas dessas urnas foram abertas pelos
coordenadores do Santiago Solidário. O coletado por elas não é nada animador, aquém da expectativa inicial (muito otimista). Anônimos santiaguenses
depositam cédulas no valor de cinco, dez, cinquenta e cem vezes acima de um
real (numa demonstração de alto espírito de solidariedade humana). Essas
doações compensarão a atitude contrária daqueles que se abstêm de colaborar
mais por falta de vontade do que por mesquinhez obviamente. A falta de vontade,
nesse caso, confunde-se com indiferença e aponta para o sentido oposto da
alteridade, o do individualismo radical. Sem o retorno midiático, que inclua
seu nome ou sua imagem, o indivíduo não se engaja nessas campanhas beneficentes
com anônima espontaneidade. Na próxima reunião, proporei que façamos outra
campanha paralela e coerente com a que está em andamento: adesão ao grupo
denominado Amigos do Asilo, hoje com apenas oito integrantes. Essas pessoas vêm
trabalhando pelo asilo, fundamentadas na única virtude que persistiria no
paraíso cristão: a caridade (uma vez que a esperança e a fé não são mais
necessárias).
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