O antropomorfismo, por minimamente que se expresse, prova a vontade, a fé e a razão de elevar o sujeito humano a uma condição extraordinária, ao invés de provar essa condição extraordinária.
No âmbito religioso, principalmente cristão, o assemelhar deus e pai prova o desejo humano dessa semelhança, não a existência de deus feito pai.
No âmbito (pseudo)científico, a descoberta de exoplanetas renova a possibilidade de existência de vida fora da Terra. Por que essa forma de vida imaginada deveria ser de uma civilização - mais ou menos inteligente em relação a nós?
O nosso planeta já tem quatro bilhões e meio de anos, mas tão somente há seis milhões há a espécie de humanos, que continua submetida ao processo evolutivo.
Nenhum (pseudo)cientista levanta a hipótese de que a vida lá fora, se é que há, pode estar num estágio anterior ao desenvolvimento da consciência - das bactérias aos vertebrados, dos musgos e líquens às florestas.
Basta o assunto de vida extraterrestre vir à baila, para o homem desejar, crer ou racionalizar que há civilização em algum exoplaneta.
Isso é antropomorfismo, quase uma esquizofrenia.
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