Pascal, que se tornou cristão depois de ser matemático, escreveu o seguinte fragmento: "O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora".
Comte-Sponville parafraseia o autor de Pensamentos: "O silêncio eterno desses espaços infinitos me tranquiliza".
Depois de me tornar ateu, vou mais além: O silêncio eterno desses espaços infinitos me causa admiração.
Para Pascal, um sentimento comum à religião cristã (o temor); para Comte-Sponville, ataraxia ou pax; para mim, estética.
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