Manoel de Barros faleceu hoje em Campo Grande, MS.
Li pela primeira vez o poeta das coisas que o ampliavam para menos, quando morei no Pantanal, transitando entre Corumbá e a capital.
O que mais chama a atenção em Manoel de Barros é a construção semântica de impacto, como pode ser observada no fragmento de poema abaixo:
Conheço de palma os dementes de rio.
Fui amigo do Bugre Felisdônio, de Ignácio Rayzama
e de Rogaciano.
Todos catavam pregos na beira do rio para enfiar
no horizonte.
Um dia encontrei Felisdônio comendo papel nas ruas
de Corumbá.
Me disse que as coisas que não existem são mais
bonitas.
Dois poetas atuais revelam a influência do sul-mato-grossense: Carpinejar e Viviane Mosé.
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