Muito se fala em pós-modernidade, uma nova denominação para definir a cultura presente. Entre os autores que pensam sobre esse assunto, cito Terry Eagleton, David Lyon (com quem mais me identifico), Antony Giddens, Barry Smart, entre outros. Zygmunt Bauman, o que mais li, não é adepto da divisão "modernidade versus pós-modernidade". O sociólogo prefere designá-las de "modernidade sólida" e "modernidade líquida".
O grande pensador da pós-modernidade, que veio muito antes dela acontecer no tempo e no espaço, é NIETZSCHE. Por quê? Foi o primeiro pensador a fazer uma crítica da razão.
Filosoficamente, a modernidade, desde Descartes, passando pelo ILUMINISMO, e chegando ao século XX, foi uma aposta na razão, como o único instrumento da verdade. Economicamente, havia duas possibilidades para o progresso da civilização ocidental: o capitalismo e o socialismo.
Com a "guerra fria", acirrou-se o conflito mais ideológico que bélico entre as duas potências que representavam o capitalismo e o socialismo: Estados Unidos e União Soviética.
Os capitalistas, diga-se de passagem, nunca fizeram promessa para a melhora de vida das pessoas. O desenvolvimento científico e tecnológico propiciou esse desenvolvimento. Os marxista, em contrapartida, prometiam que os pobres do mundo se tornariam ricos, tomando e dividindo entre si os bens dos ricos.
Em 1989, com a queda do Muro de Berlin e a debaclê soviética, acabava a utopia. O socialismo, definitivamente, não conseguira cumprir com as promessas de paraíso terreno.
Para Lyon, essa data demarca a passagem da modernidade para a pós-modernidade. Um século depois de Nietzsche ter escrito que a humanidade (especialmente nossa civilização) não evoluía para algum fim maravilhoso.
O estado laico é o suprassumo da modernidade. Por isso, na pós-modernidade, vemos a retomada religiosa, com o movimento New Age, o fundamentalismo cristão, islâmico e o escambau.
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