Mesmo na praia, não deixei de ler. O livro, cuja capa é acima ilustrada, comprei numa livraria de Torres. Gosto muito dos pensadores franceses da atualidade, entre os quais Clement Rosset, André Comte-Sponville, Michel Onfray e Luc Ferry (autor de O homem-deus).
O livro tem uma extensa introdução: Do sentido da vida: o recuo de uma questão. Depois se divide em três capítulos: A humanização do divino: de João Paulo II a Drewermann; A divinização do humano: a secularização da ética e o nascimento do amor moderno; e O sagrado com rosto humano. E uma conclusão: O humanismo do homem-deus.
Trechos que iluminei:
"Os católicos, em sua maioria, se tornaram, no sentido voltariano do termo, "deístas". Conservam, é certo, o sentimento de uma transcendência, mas cada vez mais abandonam os dogmas tradicionais em proveito de uma conversão à ideologia dos direitos do homem. As pessoas se dizem ainda católicas, mas submetem os mandamentos do Papa ao crivo humanista do exame crítico e não mais acreditam tanto na imortalidade da alma, na virgindade de Maria nem sequer na existência do Diabo...
"Dois discursos mais ou menos convencionais, dissimulam a base dos debates que cruzam atualmente o universo da religião. O primeiro, o da "revanche de Deus", visa aos fundamentalistas de todo tipo... O islã de Khomeini, o cristianismo do reverendíssimo Lefebvre, ou o judaísmo da extrema direita israelense podem ser entendidos como facetas diversas de um fenômeno único e inquietante: o integrismo. Por outro lado, porém, todas as pesquisas sociológicas sérias revelam a dimensão do movimento de secularização que ganha o mundo democrático europeu".
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