A mãe que mata o próprio filho, recém-nascido, é bandida ou é doente?
Um dos grandes pensadores do nosso tempo, considerado o "pai da antipsiquiatria", o húngaro Thomas Szasz, escreve o seguinte:
"Se reconhecemos que uma pessoa é capaz de cometer friamente um crime hediondo, calculado, depravado, é que a natureza humana pode perfeitamente ser má. Ora, tudo o que desejamos é que a natureza humana seja boa. Não queremos admitir que o livre-arbítrio possa conduzir ao crime. Logo, o crime não deve ser o resultado do livre-arbítrio, mas da doença mental!
"Na realidade, a maioria dos criminosos é normal, e mesmo bastante inteligente para executar crimes extremamente complexos".
No caso dessa mãe, como bem lembrou o Júlio Garcia em comentário citado no blog do Júlio Prates, não estaria ela sofrendo sob o "estado puerperal"? Nesse caso, Szasz estaria equivocado? Estariam equivocadas as pessoas que julgaram a mulher em perfeita saúde?
Nenhum comentário:
Postar um comentário