Muito escrevi sobre a água, substância natural mais importante para a vida. Tudo o que produzi textualmente nada significa, uma vez que poucos leram e, dessa parcela de leitores ocasionais, ninguém mudou suas atitudes em função de ter compreendido minhas ideias. A propósito, também já expressei sobre essa impotência para mudar qualquer coisa, pessimismo não compartilhado pela professora Arlete Gudolle e pelo Júlio Prates (intelectuais que se destacam em Santiago). Eles são otimistas em relação às suas ideias.
Ultimamente, optei por denunciar o desperdício de água, numa posição terra a terra.
Há alguns dias, o edifício em que moro tem problema de abastecimento de água. Por volta das 12 horas, as torneiras deixam de dar vazão ao líquido tão necessário, assim permanecendo até de madrugada. Mal clareia o dia, as máquinas de lavar roupa dos nove apartamentos começam a funcionar. Se nenhuma dessas máquinas funcionasse, a água seria suficiente para os demais usos que fazemos dela. Mas quem raciocina dessa forma? Quem é capaz de abrir mão de seu direito (porque paga), pensando no bem coletivo? Cada mulher que põe sua máquina em funcionamento deve pensar que se ela não lavar, as demais o farão, justificando-se assim o consumo individualizado.
A síndica poderia tomar a iniciativa e propor o racionamento.
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