Gosto muito da palavra "umbiguismo", pela sua eloquência semântica e por seu ineditismo lexical - embora já se inclua na última edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP).
Todos nós, uns mais, outros menos, somos inevitavelmente umbiguistas. Principalmente nestes dias em que o individualismo mais se destaca à medida que maior importância é dada ao coletivo, ao social. Esse paradoxo é coisa da modernidade líquida (diria Zygmunt Bauman).
Para o umbiguista, não há umbigo mais importante e mais belo que o seu. Umbigo, aqui, significando muitas coisas, como o próprio viés discursivo, a tão despudorada opinião. Neste aspecto, até o mais ridículo do que se é expresso requer para si status de verdade.
Em pleno domínio do parecer, as ideias substituem os bens móveis, imóveis ou semoventes que se prestam para ampliar a personalidade do umbiguista.
Em pleno domínio do parecer, as ideias substituem os bens móveis, imóveis ou semoventes que se prestam para ampliar a personalidade do umbiguista.
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