quinta-feira, 2 de junho de 2011

A LÓGICA DA LEI

Uma lei proibindo fumar em determinado ambiente vai beneficiar a maioria que não fuma. Ao mesmo tempo, ela prejudica o fumante. Correto? É inconcebível uma lei que assegure o direito aos dois lados, tampouco que o negue, em razão da oposição.
Em relação a outras leis que estão sendo elaboradas no país para beneficiar uma minoria, salvo melhor juízo, não seguem a lógica exposta acima. Quanto mais direito se outorgar à minoria, menos direito terá a maioria. Correto? Um contrassenso.
Intensa campanha se volta contra a maioria (falsamente acusada de preconceito ou até mesmo de violência), para justificar uma lei a favor da minoria.

Um comentário:

Weimar Donini disse...

Caro Froilam.

Não chego ao famoso "toda unanimidade é burra" do profeta Nelson mas afirmo: toda maioria é relativa! E porque relativa? Pois depende de fatores temporais e espaciais, principamente. Explico. Houve épocas, em algumas civilizações em que castigar pessoas da raça negra era considerado natural. Houve época em que o escravismo era natural! Hoje, com o advento de organismos internacionais fortes e com a pressão externa de países mais desenvolvidos a coisa mudou. Felizmente. Para integrar-se ao mercado internacional, cada vez mais seletivo, os governos têm de seguir as regras gerais de civilização e de desenvolvimento. O tabagismo é o de menor importância, claro, mas segue a regra. E a lógica utilizada é uma só, conhecida, tão velha como "andar prá frente" ou tão antiga quanto a "Salve rainha". Acredita-se, com razão, que o fumo não afeta apenas o bolso do fumante. Afeta aos outros, ao meio ambiente e principamente ao sistema nacional de Saúde que tem de arcar com os custos deste famigerado mal. Mal comparando, e com o perdão da comparação chula, é como se eu, para ter satisfação ao mijar, o fizesse na cabeça dos demais.