terça-feira, 28 de junho de 2011

CÍRCULO OPERÁRIO

Há um ano e meio, passei a morar quase em frente ao Círculo Operário de Santiago. Ainda não conheço o histórico desse clube, a não ser pela galeria de fotos de seus ex-presidentes. O presidente atual é o senhor Oscar Adolfo Lehr. Do grande número de troféus expostos ao lado da cancha de bochas, penso que esse esporte é muito bem praticado pelos sócios. Mesmo na condição de não associado, tenho ido ao clube para ver alguns jogos importantes da dupla (não transmitidos pela Globo / RBS e Band) e para observar a performance dos bochófilos e dos carteadores. Nos domingos, ao meio-dia, o clube serve um risoto delicioso (três reais o prato). Terceiriza a venda de churrasco e maionese. Todas as semanas, uma equipe de diretores e voluntários é escalada para a confecção da iguaria muito consumida pelos gaúchos, nos restaurantes e churrascarias, nos dias de festa na cidade ou no interior. Lucro líquido e certo para aqueles que investem na venda de alimento pronto. Para equilibrar demanda e confecção, a venda dos cartões é feita antecipadamente, in loco ou por telefone (que é 3251-3954). Pelas pessoas que vão ao Círculo comprar risoto, deduzo que não há distinção de classes socioeconômicas em Santiago. Ali vejo o rico empresário e o pobre desempregado numa fila única, sentados na mesma mesa ou dentro da cancha. Do centro e dos bairros. O Círculo fica lotado todas as tardes, de segunda a domingo. O público é preponderantemente masculino, de segunda e terceira idades, que ali se reúne para o jogo de bochas e de cartas. O serviço de copa é muito bem atendido por dois rapazes desenrolados: Dinarte Colpo e Rogério Aníbele. Nos primeiros dias de maio do corrente, eles tiveram o trabalho extra de fiscalizar a lei antifumo. Alguns fumantes se queixaram a princípio, mas logo se disciplinaram a fumar do lado de fora do clube, na calçada em frente. Vida longa ao Círculo Operário de Santiago. 

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