Nas inter-relações humanas, das mais fechadas (íntimas) às mais abertas (públicas), a verdade não se manifesta como um estado descritivo objetivo (como definiu Heidegger). Ela está mais para "desvelamento", que os gregos chamavam de aletheia. Minhas postagens anteriores dão um exemplo de que não podemos tomar a realidade, o que nossos olhos veem, como verdade. Refiro-me à operação policial no Rio de Janeiro. A verdade não foi desvelada, as imagens a encobriram com um véu (de Maia). Outros exemplos: 1) Uma pessoa te faz um grande elogio, dizendo-te que és um homem simpático, mas, para terceiros, diz o contrário, que não te suporta. Qual é o verdadeiro sentimento que essa pessoa tem em relação a ti? 2) Ontem o senador José Sarney estava exultante com o número de políticos de seu partido que foi indicado pela futura presidente Dilma Roussef, o que infere um perfeito "casamento" entre PT e PMDB. Em sua mais recente declaração, o presidente Lula, todavia, afirma ser muito complicada tal relação. O presidente está dizendo a verdade. A aparência é, via de regra, mentirosa. Outro exemplo de verdade: WikiLeaks.
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