O
dia 31 de agosto não constava no Calendário Juliano, criado pelo ditador Júlio
César no ano 46 a. C. Os senadores da República decidiram fazer uma homenagem
ao político com o nome de um mês. Quintilis
ganhou a nova denominação de Julius.
O início do ano mudara antes, de 1º de março
para 1º de janeiro. Dessa forma, o mês quinto passou a ser o sétimo.
Esse descompasso linguístico persiste até
hoje, demonstrável nos radicais (que sofreram metaplasmo ou não) de setembro,
outubro, novembro e dezembro. Antes da mudança do primeiro do ano de março para
janeiro, esses meses representavam sétimo, oitavo, noveno e décimo na sequência
dos ordinais.
Quatro décadas mais tarde, o imperador César Augusto exigiu uma homenagem semelhante à atribuída a Júlio César. Condição imposta: o mês dedicado a ele seria subsequente a Julius, com o mesmo número de dias.
A solução mais simples foi emprestar um dia
de um mês anterior e somar aos trinta dias de Sextilis, que passou à denominação de Augustus.
O Senado Romano fazia alguma coisa mais que
festas e tramoias: puxava o saco de quem mandava de fato na república ou no
império.
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