O presidente da República
acha um desperdício bancar os estudos filosóficos, sociológicos e históricos na
Universidade Federais. O corte no investimento nas humanas irá beneficiar as
áreas científicas e tecnológicas, que, segundo ele, apresentariam “retorno
imediato”.
Seus opositores
políticos reagem com a teoria conspiratória de que o governo não quer gente
pensante, que desenvolva senso crítico – a ponto de constituir uma ameaça ao establishment. Em épocas pretéritas,
essa teoria se sustentava em argumentos que pareciam verdadeiros. Nunca
comprovada a posteriori, ela passou ao domínio da esquerda como um de seus
preconceitos mais estimados. Márcia Tiburi o expressa agora, numa interpretação
arguta do discurso de Jair Bolsonaro.
A intervenção no
ensino superior não se destina a manter nossa juventude alienada, tampouco a
alocar recursos para outras áreas, como medicina, veterinária e engenharia. Por
trás dessa justificativa, esconde-se a verdade maior, oficializada pela
influência de Olavo de Carvalho: pôr fim aos nichos marxistas(-leninistas-trotkistas-stalinistas-gramscistas-castristas-chavistas-lulistas),
que resistem dentro das nossas universidades públicas, notadamente nos cursos
de Filosofia, Sociologia e História.
A política
educacional a ser colocada em prática pelo governo verificar-se-á um retrocesso
no pensamento brasileiro, o ainda incipiente pensamento brasileiro. Por que não
mudar e fiscalizar o currículo dos cursos acima?
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