domingo, 28 de abril de 2019

RETROCESSO NO PENSAMENTO BRASILEIRO


       O presidente da República acha um desperdício bancar os estudos filosóficos, sociológicos e históricos na Universidade Federais. O corte no investimento nas humanas irá beneficiar as áreas científicas e tecnológicas, que, segundo ele, apresentariam “retorno imediato”.
       Seus opositores políticos reagem com a teoria conspiratória de que o governo não quer gente pensante, que desenvolva senso crítico – a ponto de constituir uma ameaça ao establishment. Em épocas pretéritas, essa teoria se sustentava em argumentos que pareciam verdadeiros. Nunca comprovada a posteriori, ela passou ao domínio da esquerda como um de seus preconceitos mais estimados. Márcia Tiburi o expressa agora, numa interpretação arguta do discurso de Jair Bolsonaro.
               A intervenção no ensino superior não se destina a manter nossa juventude alienada, tampouco a alocar recursos para outras áreas, como medicina, veterinária e engenharia. Por trás dessa justificativa, esconde-se a verdade maior, oficializada pela influência de Olavo de Carvalho: pôr fim aos nichos marxistas(-leninistas-trotkistas-stalinistas-gramscistas-castristas-chavistas-lulistas), que resistem dentro das nossas universidades públicas, notadamente nos cursos de Filosofia, Sociologia e História.
                A política educacional a ser colocada em prática pelo governo verificar-se-á um retrocesso no pensamento brasileiro, o ainda incipiente pensamento brasileiro. Por que não mudar e fiscalizar o currículo dos cursos acima?

Nenhum comentário: