O
presidente dos Estados Unidos adiantou que negará refúgio a imigrantes da
América Central. Ele se torna, assim, porta-voz da maioria de seus
compatriotas, temerosos de que venham a ter problemas semelhantes aos já
enfrentados pelos países da União Europeia.
Duas considerações são relevantes:
Os imigrantes em marcha rumo ao Tio Sam
não provêm de outra cultura (ou civilização), são cristãos como os
estadunidenses. Eles fogem da violência e da pobreza que assolam Honduras (alinhado
desde sempre aos EUA).
Línguas anticapitalistas insinuam que a
situação de Honduras decorre de um “golpe constitucional” apoiado pelos EUA. Um
equívoco, na medida em que a crise política originada pela guinada
esquerdizante do governo de Manuel Zelaya, não foi a causa da crise econômica,
a qual se avulta desde o final do século passado. Diferentemente da Venezuela,
a economia do país centro-americano foi limitada, geográfica e historicamente,
desde sua independência.
O
cidadão norte-americano tem o direito de se posicionar contra a entrada de
imigrantes. Seu humanismo de fundo religioso não é suficientemente forte para
aceitar impassível uma invasão, a colocar em risco a própria estabilidade
socioeconômica.
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