A
GUERRA DAS FAKE NEWS
O juiz então presidente do Supremo
Tribunal Eleitoral alertava sobre as chamadas fake News, que seriam tipificadas como crime. Discurso vencido: a
pós-verdade propagada via internet nasceria adulta no Brasil (ao longo dos
meses que precederam o último pleito para a presidência).
Os brasileiros foram sujeitos (e objetos) de
uma “guerra” digital, mesmo sem o conhecimento do que ocorrera recentemente nas
eleições dos Estados Unidos e no Brexit.
A pletora de informações não cessou com a
realização do processo eleitoral, como a que acusa a campanha do vitorioso ser potencializada
no WhatsApp. A do candidato derrotado
também o foi, malgrado uma desvantagem anunciada.
As fake
News contra Bolsonaro projetavam um quadro futuro catastrofista, cuja base
mal se fundamentava num discurso fora de contexto. Do outro lado, os informes
eram mais verossímeis, uma vez que se baseavam no que o Partido dos
Trabalhadores fizera no poder. Entre um quadro hipotético (de ameaça à
democracia, por exemplo) e a realidade bem ou mal historiada, não há comparação
possível.
A verossimilhança na propaganda dos dois
candidatos foi o fator evolutivo mais relevante, a determinar o primeiro
presidente eleito sob o domínio da pós-verdade (em que os fatos alternativos
excedem os fatos objetivos).
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