Júlio Prates escreve em seu blog que alguém (do mal) colocou um despacho em frente à sua casa. Ele está tranquilo porque acredita em Jesus Cristo, em Deus, a suprema força do bem.
O relato do blogueiro testemunha a ocorrência em Santiago de uma prática que antecede a modernidade, ou seu paradigma fundamentado na razão, no conhecimento filosófico e científico. A magia negra tem raízes no animismo que dominou o mundo primitivo. Mais tarde, como é explicada pela doutrina espírita, evoluiu com a invocação de espíritos malignos, cuja anulação exige um apelo para os espíritos benignos.
Na Idade Média, a Igreja Católica acusava as pessoas que praticavam qualquer forma de bruxaria, autorizando passá-las na espada ou queimá-las em praça pública.
Sou contra a pena de morte oficializada pelo Estado ou por qualquer outra instituição, mas essas pessoas que "trabalham" com a magia negra deveriam ser incriminadas judicialmente.
O mal está arraigado quase imperceptivelmente no coração de nossa sociedade. Esses "bruxos" e maus espíritos continuam a existir porque há pessoas (aparentemente do bem) que os procura para fazer o mal. (Existem traficantes de droga, porque há pessoas que consomem droga.) Dessa forma, a culpa de soltarem despacho na frente das casas é de pessoas que circundam nosso universo social, dizendo-se até amigos da gente.
Com uma razão inteligente sei quais são essas pessoas que me cumprimentam na rua, me elogiam até, mas que no íntimo me invejam, me desejam o mal. Em parte, sou indiferente, porque sou descrente, em parte tenho pena dessas pessoas, pela pequenez de seus espíritos (espírito no sentido da imanência).
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