Depois de DARWIN, NIETZSCHE e FREUD (para não dizer História Natural, Filosofia e Psicanálise), nada mais fácil do que considerar hermeneuticamente a Bíblia uma narrativa que não se situa no plano histórico. Nesse sentido, recorro a Eugen Drewermann, que não é ateu, mas teólogo (da estirpe de um Lutero) que merece ser conhecido pelos cristãos do mundo inteiro.
Ao ler na manhã de hoje a passagem do Gênesis em que Jeová expulsa Adão e Eva do jardim do Éden, tive a seguinte intuição:
o homem não foi expulso (de algum lugar que não tivesse voltado jamais), mas abandonado à sua condição humana - recém alcançada com a primeira escolha que fez, emergindo da animalidade que lhe impusera a natureza.
O paraíso é uma vaga lembrança do passado (sem uma consciência minimamente desenvolvida), uma transcendência reversa.
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