terça-feira, 20 de maio de 2014

MACACO?


A designação de macaco para o homem de pele escura denuncia uma ignorância não justificável acerca da evolução biológica dos primatas, que não poderia sequer expressar um preconceito racial. 
Os filósofos gregos da antiguidade clássica estavam certos: a virtude (disposição para fazer o bem) adquire-se com a sabedoria - algo incomum em tempos modernos. 
O racista demonstra um conhecimento limitado e, certamente, não emprega o termo macaco como hiperônimo das espécies concestrais do homem, tampouco como metáfora que rebaixe o ofendido à animalidade. Seu objetivo é a discriminação simples e perversa.
Ele não sabe desses recursos discursivos, bem como da nossa história evolutiva. A espécie comum que deu origem aos macacos, por um lado, e aos grandes primatas, por outro, dividiu-se há 25 milhões de anos. Entre o macaco e o homem, há uma distância pontuada pelo gibão, siamango, orangotango, gorila, bonobo e chimpanzé.
Toda comparação (não pejorativa) deveria ocorrer entre humanos e os grandes primatas, principalmente bonobo e chimpanzé. A comparação com macaco, nas palavras de Richard Dawkins, não passa de um solecismo (erro por desconhecimento do assunto).

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