SÁBADO azul em Santiago.
Um grupo de pessoas desce a Pinheiro Machado, clamando por justiça.
Suspensa a marcha, os manifestantes prendem balões brancos às grades do Fórum. Nas faixas que trazem, o coro expresso graficamente, o desejo quase impossível.
Aquém da janela, pergunto-me que justiça aplacará a dor da perda de um ente querido - diretamente proporcional à descrença numa outra vida.
Não há juiz que possa recompensar os parentes enlutados.
O causador do acidente poderá ser preso ou pagar uma indenização milionária, todavia, não é essa justiça requerida no manifesto público. Absolutamente.
De repente, o sábado ganha algumas pinceladas de tom cinza.
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