quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PECADOR AOS SETE ANOS?

Nojo. Não me ocorre outra palavra para definir minha reação (se é que posso chamar de sentimento) ao ler o livro O papa é culpado?, de Geoffrey Robertson. 
Do fragmento 4, destaco: "... essa religião em particular concede aos seus sacerdotes poderes divinos aos olhos das crianças, que são postas sob sua tutela espiritual assim que desenvolvem suas primeiras faculdades de raciocínio. Muitas vezes, aos sete anos as crianças católicas já comungam - uma experiência espetacular para elas, na qual o padre realiza diante de seus olhos o milagre da transubstanciação ao transformar pão e vinho no corpo e sangue de Cristo por meio da autoridade concedida a ele pelo sacramento da ordem sacerdotal. Na mesma idade, as crianças, influenciáveis e inseguras, também são forçadas a confessar seus pecados, e os padres, como deuses, concedem seu perdão".
Essa passagem me faz lembrar da minha Primeira Comunhão, quando tinha tão somente sete anos. Fui condicionado pela catequista a confessar um pecado qualquer para que o rito se completasse. 
Já escrevi sobre isso.
Gostaria que os doutos cristãos me convencessem de que uma criança de sete anos peca aos olhos de Deus. Para não concluir peremptoriamente que esse deus não existe, digo que a Igreja está errada. 

Um comentário:

Maria de Lourdes Cardoso disse...

Froilam,o tormento da confissão permaneceu em mim enquanto acreditava precisar dela. Como confessar ao padre, o que eu não confessaria para meus pais? Toda tentativa que fiz em contar algo, era bombardeada, então melhor era mentir para o padre. Mentir o quê? "Padre desobedeci minha mãe". "Então, filha, reze três Pai-nosso".