Amanhã todo cidadão irá exercer um de seus direitos mais importantes: a escolha de quem
o representará no governo municipal. (É preferível direito a dever.)
Como a
ágora* utilizada pelos gregos ficou pequena para a prática da democracia, foi
necessário descentralizá-la para vários pontos do município, denominados de seção. O antigo sistema político de
Atenas evoluiu pari passu com a
civilização ocidental, hoje sendo a condição essencial para a liberdade (valor
indispensável para a felicidade humana).
Na democracia indireta, o amplo
direito da escolha tem seu contraponto nas alternativas reduzidíssimas de
candidatos, os quais são indicados pelos partidos. No âmago dessas
organizações, a democracia funciona diretamente.
Em Santiago, três candidatos
foram eleitos previamente para o grande escrutínio que ocorrerá depois de
amanhã. Felizmente, nada deprecia os três prefeituráveis, pessoas de caráter
ilibado, fichas limpíssimas.
Para legislar, o número de candidatos é de setenta
e cinco, oriundos de todos os setores da sociedade santiaguense.
O processo
democrático não se encerra com a eleição e posse de prefeito e vereadores,
continua exigindo a participação dos cidadãos, como clientes e como fiscais ao
mesmo tempo. Essa fiscalização precisa ser mais efetiva, até para preservar o
respeito e a superestimação que os políticos ainda fazem por merecer. Pelo
menos em Santiago.
*
Ágora. [Do gr. agorá.] S. f. Praça das antigas cidades gregas,
na qual se fazia o mercado e onde se reuniam, muitas vezes, as assembleias do
povo.
.
Desejo aos meus concidadãos um
pleito tranqüilo, sem os excessos provocados pelo sucesso ou insucesso de suas escolhas.
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