No âmago de uma sociedade absurdamente consumista, as relações entre os indivíduos são sustentadas por valores materiais. Toda afetividade é coisificada, totemizada na forma de um objeto em alta no mercado.
Há poucos dias, uma senhora procurou a Seção de Inativos e Pensionistas de uma determinada Organização Militar, para fazer uma reclamação. Era pensionista e procurou a SIP para reclamar que a medalha de ouro de seu marido, falecido no mês passado, não de ouro exatamente.
A medalha de ouro é concedida a todo militar que completa 30 anos de efetivo serviços prestados à Força, ao longo dos quais manteve comportamento exemplar. A concessão dessa honraria é chancelada pelo Secretário-Geral do Exército.
Após a morte de quem mereceu a medalha como símbolo de um valor afetivo, a digníssima esposa correu para ser desfazer dele, pensando no valor material. Não contente com a descoberta de que a medalha era feita de metais baratos, teve a petulância de reclamar no quartel.
Interesseira e ignorante.
Interesseira e ignorante.
Um comentário:
Ao mesmo tempo é uma história cômica e uma trágica! Heheh . Essa é a sociedade em que vivemos. Infelizmente.
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