A música alta continuou noite adentro, madrugada afora. As janelas do edifício em frente vibravam com o som produzido na festa. De vez em quando, algumas mulheres, desequilibradas pelo álcool, deixavam o salão para imitar os homens com uns gritinhos debochados.
Inicialmente, pensei que se tratava de mais um evento dançante no Central Baile (a despeito de ser quarta-feira). Mas me enganei. Daquele local, o som já não mais incomoda (bastante contido pelo isolamento). A festa ocorria no salão do Centro Empresarial.
Em relação à emissão sonora em altos volumes, automóveis e casas particulares são policiados com rigor, sendo seus proprietários notificados não raramente. Isso é correto, legal.
Ao não dormir ontem, elucubrei filosoficamente: o grupo pode transgredir a dita "lei do silêncio", o indivíduo não. Noutras palavras: permite-se a transgressão, quando os atingidos pela poluição sonora são em menor número que os transgressores.
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