Ao ler A Folha desta semana, chamou-me a atenção o editorial Sociedade podre, em que o jornalista responsável pela editoria acusa certos indivíduos do universo social santiaguense de serem inescrupulosos, corruptos, estelionatários, recalcados, chantagistas...
"Pessoas que não enxergam nada em sua frente a não ser o ódio, a maldade e a calúnia. Esse tipo de gente encontramos em todos os segmentos, inclusive nos meios de comunicação... A sociedade dos homens corretos não podem caminhar lado a lado com esse tipo de gente, temos que banir do nosso meio esses vermes."
Forte demais! Pelo menos para os leitores mais sensíveis.
Não obstante declinar dos nomes dessas pessoas, afirmando que há em todos os segmentos, o editorialista reduz bastante o número delas quando inclui a área (mídia) em que se encontram envolvidas, "sem nunca ter sequer sonhado em constituir uma empresa séria".
O jornalista empregou duas figuras de linguagem: a metonímia e a hipérbole. Ele toma o todo pela parte, exagera ao caracterizar a sociedade como podre (no lugar de alguns indivíduos). Aliás, o próprio texto serve de errata: "a sociedade dos homens corretos".
No fundo (até onde alcança a perspectiva das entrelinhas), o editorial trata de apenas um indivíduo podre.
Não acho que convivam em nosso meio tantas pessoas com tantos defeitos éticos e morais denunciados pelo jornal, algumas bagaceiras sim. Uma vez bagaceira, sempre bagaceira. Independentemente dos bens materiais e intelectuais que porventura venha a adquirir.
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