Há um discurso equivocado ao considerar o desenvolvimento cultural de nossa cidade (ou, antes disso, o que o poder público está fazendo com esse fim) como "circo". A expressão metafórica, cuja genealogia remonta à Roma antiga, diz respeito ao espetáculo oferecido ao povo, para mantê-lo ocupado. Não é o caso dos santiaguenses, que necessitamos não apenas de automóveis, asfalto, comércio, dinheiro, bens materiais (que refletem o desenvolvimento econômico); necessitamos também de educação no trânsito, de uma nova consciência ecológica, de livros, de culturas que nos façam evoluir da condição agropastoril (pouco diferente da vivenciada miticamente pelos filhos de Adão). O programa Cidade Educadora excede tudo o que foi feito no passado, consiste em colocar o valor humano à frete do valor material, a mente à frente do corpo, o ser à frente do ter etc.
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