O Zero Hora deste domingo publica uma reportagem de cinco páginas sobre o Trem da Legalidade. Até quinta-feira, o jornal publicará outras reportagens sobre "um dos mais épicos capítulos da história gaúcha". Esse exagero, todavia, é negado sem intenção pelos autores da reportagem, Nilton Mariano e Dione Kuhn. O comboio militar, saindo de Santiago, nunca foi a Ourinhos, como defendia Brizola, não passando de Marcelino Ramos. Não houve combate, ao contrário do que é escrito na primeira frase do texto jornalístico - "Sete veteranos que combateram no Trem da Legalidade". Nenhum tiro foi dado. Três mortes ocorreram por acidente: duas na estação férrea de Santiago, em razão de uma colisão de trens, e uma em Marcelino Ramos, com a explosão de um fogão. O que há de épico nisso? Outra história de pescador é a do ex-ferroviário entrevistado em Ourinhos, que "a serviço, costumava percorrer o trecho entre Ourinhos e Marcelino Ramos". Ele saía do Estado de São Paulo, atravessava todo o Paraná e Santa Catarina? Justamente o trecho em que os repórteres buscavam confirmação da inexistência de um "trem da legalidade". Mentiroso ou herói?
O bom da reportagem são os dados reais obtidos com o Dr. Valdir Pinto, bem como as fotos, entre as quais a dos "ex-combatentes" que viajaram de trem: Alceu Nicola, Constantino Zaboetzki, Wilmar Donini, Nilton Soares, João Sady Colpo, Alberto Guedes e Jorge Damian (clicar na imagem acima para ver melhor).
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