As palavras dizem mais do que dizem simplesmente, muito mais, correndo o risco de dizerem o contrário.
No lema da próxima feira do livro de Santiago, "acordar" e "vida" exigem conotações que se distanciam do referencial.
A prova disso é dada pela frase negativa: Não ler é... (o que para a vida?).
Depois dos 50 anos, Kant lê David Hume e desperta do "sono dogmático". Esse sono, no entanto, não impedia de o filósofo viver em sua Könisbsberg.
O "acordar para a vida" tem ou não relação causal com a felicidade, por exemplo? Se a resposta é negativa, então, "vida" deve ser interpretada como um modo especial, mais consciente por certo.
O não leitor santiaguense há de se questionar: "Por acaso, durmo?".
Para tirar essa dúvida, ele deve converter-se à leitura.
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