Caro leitor, o que vês ao olhar para o céu? Durante o dia, o Sol, nuvens, pássaros... À noite, a Lua e as estrelas. Alguns planetas são visíveis, com destaque para Vênus (denominada de Estrela D’Alva). Três galáxias podem ser vistas sem o auxílio de instrumento: Grande Nuvem de Magalhães, Pequena Nuvem de Magalhães e Andrômeda. Essas galáxias são manchas de luz: as Nuvens de Magalhães ao sul, nas cercanias do Cruzeiro do Sul; Andrômeda ao norte, nos costados da Constelação de Andrômeda (que são estrelas da nossa galáxia). Uma curiosidade: a Grande Nuvem de Magalhães é a mancha pequena; a Pequena Nuvem, a mancha grande. À exceção das três galáxias, tudo mais pertence à Via Láctea. Dessa forma, poderás dizer que o aqui, belvedere de onde observas, encontra-se lá, em meio àquelas estrelas. A Via Láctea, o Caminho de Leite, tem uma extensão de 100 mil anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros). A velocidade da luz é de 300 mil km/s – que devem ser multiplicados pelo número de segundos contidos num ano. O diâmetro da Via Láctea multiplicado por 25 vezes é a distância que nos separa de Andrômeda, o objeto mais distante que tu podes ver em noite sem luar, longe das luzes da cidade. Imagina o espaço vazio que há entre uma galáxia e outra! Esse espaço não é nada comparado àquele que está à frente do universo em expansão. A alguns bilhões de anos, a força que impele todas as estruturas para fora cederá, provocando a contração, o big crunch. Ao olhares para o céu, não te esqueças de ti, como ser que contempla, como ser que pergunta. A consciência humana representa um momento extraordinário. O próprio universo é que se olha por intermédio de ti, caro leitor.
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