sábado, 12 de setembro de 2009

CADERNO CULTURA (ZH)

O caderno Cultura do Zero Hora está interessante, interessantíssimo. Manchete exclusiva da capa: Ocaso de um povo, sobre um estudo de pesquisador uruguaio que mostra o genocídio dos índios charruas. Nas páginas 4 e 5, ampla matéria com o título O fim chegou em Salsipuedes (nome do riacho no interior do Uruguai, às margens do qual ocorreu o massacre dos últimos charruas).
A história é terrível, como o é a História, que o poeta Shelley não lia porque lhe parecia "uma abominável enumeração de misérias e crimes" (Will Durant). O "herói" que comandou esse extermínio foi Fructuoso Rivera, que deu nome à cidade muito conhecida dos gaúchos.
(Os períodos em azul são deste blogueiro.)
Na página 2, José Ivo Follmann, padre jesuíta, doutor em Sociologia, escreve sobre um simpósio internacional na Unisinos, que debaterá as melhores formas de falar sobre Deus. "Como falar sobre Deus numa sociedade pós-metafísica?" A primeira conclusão a que chega o autor é do "diálogo interreligioso". A segunda é da diversidade religiosa. A terceira, a "desmistificação do religioso". Não entendi o doutor jesuíta: defende a multiplicidade religiosa e a desmistificação do religioso? Por favor, alguém me ajuda a aceitar isso.
Toda forma de falar sobre Deus é autoafirmação do homem, seu criador.
Página 3, sobre a imprensa: Um poeta do espaço gráfico, sobre Anibal Bendati.
Página 6, Bicca à beira do rio. Renato Mendonça escreve um excelente artigo sobre José Lewis Bicca: "O coração silenciou Zé Bicca, 71 anos, um dos criadores do Festival da Barranca, em São Borja, e do grupo Os Angueras".
Página 7, Celso Loureiro Chaves escreve um artigo sobre a música eletroacústica: "De todas as músicas de concerto que há por aí, a única que é produto único e exclusivo do século passado é a música eletroacústica".
Na última página, Luís Augusto Fischer dedica sua coluna tripartida ao gaúcho: O gaúcho teme a cidade; O gaúcho acampado; e O gaúcho domesticado. Vale a pena ler.

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