quarta-feira, 30 de setembro de 2009
QUARTA-FEIRA
terça-feira, 29 de setembro de 2009
BALAIO DE CAUSOS
Balaio de Causos vem a público muito bem apadrinhado por Fausto Domingues, Aparício Silva Rillo, Marques Leonam e Renato Dalto, gente iluminada que escreve acerca dessa produção de Odilon Abreu.
A obra é semioticamente enriquecida pelo traço inconfundível do Santiago, cuja genialidade criativa já é do conhecimento do outro lado do planeta, onde clareia o dia quando aqui anoitece. Sob esse aspecto semiótico, o ilustrador constitui-se em co-autor do livro.
Odilon Abreu é original no gênero tão conhecido dos gaúchos criados à volta do fogo de chão, ouvindo estórias e histórias. O autor insere a biografia da própria família no contexto literário (e vice-versa), uma prova irrefutável de que a arte é vida (e a vida melhor se justifica como fenômeno estético).
Afora os dois contos escolhidos por Rillo como dignos de figurarem em qualquer antologia que se preze, O Cabo Chibano e Más valiente do que feo, outros merecem destaque, seja pela linguagem que faz lembrar o estilo simoniano; seja pelos elementos da narrativa (como o fato em si, o ambiente, as personagens...); seja pelo desfecho que surpreende pelo humor “superdosado” (no dizer do poeta e professor Marques Leonam).
Alguns finais são extraordinários:
Do narrador-menino, o próprio autor, vendo o piloto tirar gasolina de seu Teco-Teco: “Mãe, sangraram o bicho lá no rodeio”.
Do Miro, que, depois de muito chinear na cidade, resolveu se casar. Depois da primeira noite com a esposa, levantou-se ainda com sono e lascou uma pergunta: “Quanto le devo, dona Joana?”.
Balaio de Causos se soma a outras publicações tão escassas no gênero, que, antes do rádio e da televisão, era muito popular, contado e recontado pelos nossos pais, tios, avôs... Uma vez que a tradição oral parece ter chegado ao fim, o registro escrito das histórias contadas e recontadas se reveste de tamanha importância.
ESTE LIVRO É UM PANEGÍRICO À MEMÓRIA.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
FALECIMENTO
LANÇAMENTO DE LIVRO
sábado, 26 de setembro de 2009
OS MELHORES DO ANO
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
EXPOSIÇÃO NA USINA
ABRIL DESPEDAÇADO

quinta-feira, 24 de setembro de 2009
ADORNO, AO ACASO
GRANDES POETAS
"Eu só tenho dois poetas prediletos no Rio Grande. Paulo Hecker Filho e... eu."
O autor dessa declaração é Mário Quintana. Convencidos, Hecker e Quintana? Não. O grandes poetas não se acham. Devemos perdoá-los pela autenticidade.
WILLIAM BLAKE
Convido meus silenciosos visitantes para comentarem a frase (enunciado) acima.
CARTA RECEBIDA
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
PROTESTO FUNDADOR
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
BANHO DE CIVILIZAÇÃO
Por volta de 1940, Heráclito Machado residia na Vila Florida, onde era farmacêutico e autodidata. Regularmente, vinha a Santiago. Na parada do ônibus, perguntavam-lhe aonde iria, e ele, dentro de um terno impecável, respondia que ia a Santiago "tomar um banho de civilização". No retorno, amigos e conhecidos indagavam-lhe sobre a viagem, sobre as novidades. Heráclito, depois de uma pausa proposital, enunciava com o discurso já conhecido na vila: O "povinho" está o mesmo de sempre.
Guardadas as proporções, poderia dizer que ir a Porto Alegre equivale a um "banho de civilização". Mas os tempos mudaram muito em meio século. Hoje não devo imitar Heráclito, a despeito de ter a mesma expectativa e da frustração, mas porque conceitos e valores civilizacionais mudaram (e continuam mudando). As grandes cidades, antes polos irradiadores de um modelo de vida pretensamente mais "civilizado", decepcionam por um excesso que muitos confundem com barbárie ou selvageria. A sujeira nas ruas, os assaltos, os engarrafamentos, o corre-corre consumista, a baixa qualidade do ar e da água, entre outros fatores atestam o lado não idealizado para uma evolução urbana (em que se perdeu o caráter de urbanidade).
As opções artístico-culturais que encontro em Porto Alegre ainda me possibilitam parafrasear o antigo morador da Vila Florida. Isso me faz lembrar Nietzsche mais uma vez: a única saída para o homem é a de compreender e de aceitar a existência e o mundo como um fenômeno estético.
PORTO ALEGRE
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
DIA DA LEITURA
PALPITE
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
PRÊMIO PORTUGAL TELECOM DE LITERATURA
Prêmio Portugal Telecom de Literatura anuncia os dez finalistas
Foram anunciados nesta quinta-feira (16) os dez livros finalistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2009, que será entregue no próximo dia 10 de novembro em São Paulo.
"A arte de produzir efeito sem causa", de Lourenço Mutarelli (Cia das Letras)
"A eternidade e o desejo", de Inês Pedrosa (Alfaguara - Objetiva)
"Acenos e afagos", de João Gilberto Noll (Record)
"Aprender a rezar na era da técnica", de Gonçalo M. Tavares (Cia. das Letras)
"Cemitério de pianos", de José Luís Peixoto (Record)
"Cinemateca", de Eucanaã Ferraz (Cia das Letras)
"Heranças", de Silviano Santiago (Rocco)
"Ó", de Nuno Ramos (Iluminuras)
"O livro dos nomes", de Maria Esther Maciel (Cia das Letras)
"Ontem não te vi em Babilônia", de António Lobo Antunes (Alfaguara - Objetiva)
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Júri final:
Antonio Carlos Secchin
Beatriz Resende
Benjamin Abdala Júnior
Leyla Perrone-Moisés
Regina Ziberman
Sérgio Sá
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(Transcrito do UOL)
CAMINHO
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
EVOLUÇÃO
SACOLA PLÁSTICA (II)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
SACOLA PLÁSTICA
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
PATRICK SWAYZE
HOMEM-CAVALO

Ao iniciar a Semana Farroupilha, mais uma vez, escrevo sobre a compósita figura homem-cavalo. No passado, os dois se constituíam nos principais elementos da paisagem sulina, cuja relevância histórico-geográfica já chamou a atenção inclusive de José de Alencar (escritor do século XIX, nascido no Ceará, autor do romance O gaúcho). Esse passado a que me referi é tão recente que, tomando a evolução animal no planeta como referência, não há exagero em dizer que foi há pouco. (A palavra-chave é evolução.) Os fósseis e a filogenética molecular falam de eras anteriores aos mamíferos, classe a que pertencem o homem e o cavalo. Com a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos, os mamíferos iniciam um processo de diversificação e ocupação dos nichos ecológicos vagos. Muitos milhões de anos se passariam para ocorrer uma subdivisão dos mamíferos: monotrenatas (que põem ovos), marsupiais e placentários. Os placentários, muitos milhões de anos mais tarde, subdividir-se-iam em várias ordens, entre as quais os perissodactylos (a que pertence o cavalo) e os primatas (a que pertence o homem). Antes dessas divisões, no entanto, a maioria dos genes que caracterizavam os primeiros mamíferos iriam se repetir (replicar) nas espécies subseqüentes até dar origem ao cavalo e ao homem. Isso significa dizer que os dois animais já pertenceram a uma mesma espécie ancestral (entre 71 e 75 milhões de anos atrás). A propósito, todos os seres vivos se originaram da primeira molécula replicadora que surgiu na Terra (discursa Richard Dawkins). O homem, dotado de um cérebro maior, domesticou o cavalo, inventou um deus para si, faz história e desfila na Semana Farroupilha.
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sábado, 12 de setembro de 2009
CADERNO CULTURA (ZH)
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010
PAMPA REGIONAL (II)
Agradeço ao Nemitz pela deferência, o que me impõe a postar novamente sobre o novo semanário.
O compromisso que o jornal assume é com a verdade, a tão desejada verdade, questionada por Pilatos e respondida filosoficamente por Heidegger.
Os fatos se sucedem, e a verdade de sua informação também.
O jornal caprichou na reportagem com o prefeito de Unistalda, Moisés Gonçalves, mas, ainda ontem, o blog do Júlio Prates já editava sobre a cassação do político unistaldense.
Os blogs estão obrigando os jornais a serem mais ágeis, mais cuidadosos na escolha da informação, sob pena de não corresponder à verdade do momento. Em Santiago, a blogosfera ainda é reduzida, para sorte das formas de jornalismo ortodoxas.
Todo semanário, coerente com a sua periodicidade, deve manter o interesse do leitor pelo menos dois ou três dias. Por isso, minha preferência pelos editoriais e artigos de opinião. Tais gêneros não se desatualizam com a rapidez das notícias, por exemplo.
Os erros gramaticais, de digitação ou diagramação são normais, não há jornal que não os cometa involuntariamente. Mesmo assim, a participação de um revisor é indispensável.
Novos colunistas, certamente, virão para o próximo número.
Desejo sucesso ao Pampa Regional
BOYER
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
PAMPA REGIONAL
CICLONE, TORNADO, FURACÃO...
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
DE VOLTA ÀS ESTRELAS
terça-feira, 8 de setembro de 2009
ESTRELA E ESTRELA

Muita pretensão da jovem atriz ("Encontros e desencontros", "Match Point", "Moça com brinco de pérola", "Homem de Ferro 2"). Não contente com seus atributos naturais, quer ter a voz de Sinatra. Sua declaração apresenta duas figuras de linguagem: a metonímia (explícita), a voz pelo cantor; e a hipérbole (implícita), exagerado desejo de cantar bem.
UM OLHAR ESPECIAL

segunda-feira, 7 de setembro de 2009
VERSOS ESPARSOS
no mar
é maresia
.
medo
me dá
de andrô
..............meda
.
ávida
de vida
viu-se grá
..............vida
domingo, 6 de setembro de 2009
ANDRÔMEDA A OLHO NU

PERGUNTA AOS ASTROFÍSICOS

sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A LUA (ESTA NOITE)
GRANDE RUI BARBOSA!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
IDEIAS DE UM BLOGUEIRO

O big bang não é uma teoria que intente explicar a origem deste universo; designa, isto sim, a verdade sobre o fenômeno mais recuado no tempo a ser descoberto pelo homem. Ainda que representado por uma metáfora, esse começo não poderá mais causar o deboche dos deturpadores do conhecimento científico. Os criacionistas logo emendarão seus discursos, para tornar equivalentes a grande explosão e o “fiat lux” divino. Não há outra forma de evitar a quarta frustração da parcela judaico-cristã da humanidade (depois do que se conheceu com Copérnico, Darwin e Freud).
II
O avanço da ciência sempre veio precedido da especulação filosófica. Sem a pergunta inaugural, não há resposta definitiva. Aristóteles, o primeiro grande sistematizador, só foi possível a partir de Tales de Mileto, Anaxágoras, Demócrito, todos os denominados pré-socráticos. Não obstante o conhecimento tenha se fragmentado, cada especialidade conta com grandes teóricos, perguntadores. A resposta a que chegou Edwin Hubble (1929), sobre a expansibilidade deste universo, permitiu novas perguntas acerca do big bang.
III
Como apologista da ciência (e da filosofia que a precede), arrogo-me o direito de especular sobre este universo. Por que “este” universo (repetido nos fragmentos acima)? A resposta é que pressuponho outro(s) universo(s). Este universo, com princípio, meio e fim, representa uma parte do todo, momentaneamente estruturada. O todo é eterno. Matéria e energia. Milhões e milhões de galáxias foram geradas a partir do big bang, num processo que imitaria, em escala inimaginavelmente maior, a formação do Sistema Solar, por exemplo. O pensamento, que viaja trezentas duodecilhões de vezes mais rápido que a luz, permite-me ver este universo como não sendo o único, contrariando um preconceito atomista.