A Revolução Francesa, ainda pensam os últimos
idealistas, representou a primeira e grande oportunidade para instituir o reino
da razão. O feito chancelaria uma nova idade histórica para o mundo ocidental,
em que os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade tornar-se-iam realidade
finalmente.
Ressentimento,
ódio e vingança foram sentimentos e atos que dominava o indivíduo envolvido na
Revolução, cuja razão era incapaz de qualquer controle sobre ele. Em meio ao
furor revolucionário, qualquer expressão de racionalidade (independentemente de
sua amplitude) corria o risco de sofrer o corte inventado pelo doutor
Guillotin.
Confúcio
ensinava que o homem, para pôr em ordem sua sociedade, deve pôr em ordem a si
mesmo primeiramente. Esse sábio viveu há mais de dois milênios. Todas as revoluções,
ao contrário, intentam uma transformação social de grande alcance sem mudar o
indivíduo.
Uma
das poucas cabeças dominadas pela razão na França era sustentada por Antoine
Lavoisier na época da Revolução. Por sua influência, a Academia de Ciência
rejeitara um aparelho que detectava a emissão de ondas de calor, invenção
apresentada por um médico nascido na Prússia. Seu nome era Jean-Paul Marat.
Marat jamais esqueceria essa
recusa e, quando elevado pelo povo à condição de líder (ao lado de Danton e
Robespierre), prendeu e decapitou Lavoisier.
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