Desde muito cedo, percebi o abismo que existe entre a realidade e a ideal, algo impossível de fixar uma ponte (que permita o trânsito nos dois sentidos).
Realidade e ideal não constituem, como parece ao senso comum, uma relação biunívoca de causa e efeito, tampouco tese e antítese de uma dialética histórica.
A impossibilidade de ligação (ou de relação) assemelha-se à aporia ontológica do ser e não-ser.
Exemplo dessa contradição é o discurso da presidente Dilma Rousseff, ao assumir seu segundo mandato. É impossível relacionar o Brasil (realidade) e "pátria educadora" (ideal).
Nenhum comentário:
Postar um comentário