tem cara de quartel
A mulher do carcereiro
tem cara de chaveiro
A mulher do agiota
tem cara de cofre
A mulher do visionário
tem cara de calvário
A mulher do bispo
tem cara de noviço
A mulher do psiquiatra
tem cara de psicopata
...
A mulher do motorista
tem cara de autopista
...
A mulher do professor
tem cara de retroprojetor
A mulher do palhaço
tem cara de palha de aço
...
O poema acima faz parte da Coletânea de poesia gaúcha contemporânea. Deixo de citar seu autor por um motivo óbvio.
Dentro de cada dístico, os versos não apresentam uma regularidade rítmica, com uma preocupação rímica que beira o ridículo.
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