segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

AINDA VIVEMOS NA TRANSIÇÃO

Toda civilização, para começar a compreender a realidade, para começar a compreender a vida, desenvolveu mitos como narrativas verdadeiras. 
O desenvolvimento ocorreu ao natural, à revelia de uma consciência conhecedora (que ainda gatinhava). A sistematização veio mais tarde, com a necessidade de organização social, numa fase entre a horda e o estado.
Dos mitos mais conhecidos, destacam-se os que explicariam a origem do mundo, a origem do homem.
Os gregos, como tantos outros povos, tinham seu mito fundador, que abarca três gerações de deuses, melhor representados por Céu, Crono e Zeus.
Com a evolução do conhecimento racional, surgindo a Filosofia e a Ciência, a mitologia foi reduzida a uma criação poética, eliminando as crenças que orientavam milenarmente os gregos. Condenado por desviar os jovens da religião continuadora dos mitos, Sócrates existiu num momento de transição, como vivemos ainda hoje, os ocidentais, em relação ao mito judaico-cristão.
A propósito, quantos já foram condenados, presos, torturados, proscritos ou queimados por defender ideias desmitificadoras?
No melhor dos métodos filosóficos, o da inquirição, continuo a perguntar:
Até quando o mito judaico-cristão (narrado no Gênesis)persistirá como verdade, como referência às principais religiões do ocidente? 

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