quinta-feira, 28 de julho de 2011

SANTIAGO A SÃO BORJA

Nesta semana, fui duas vezes a São Borja. Observando a paisagem de ambos os lados da BR 287, percebi que há muitos ranchos pobres, contrastando com umas poucas casas ricas. As sedes de fazenda são equidistantes, protegidas pelos arvoredos, ao contrário das casas humildes que se fincam às margens da rodovia. O desenho geográfico não se altera significativamente entre a zona pecuarista e a agrícola. As causas estão no latifúndio pretérito, hoje melhorado com a produção de qualidade, com o crescente emprego da tecnologia. O agronegócio dá mais lucro a todos, empregadores e empregados (também em razão do menor número destes). O excedente humano, ou vai para a cidade, ou finca-se em sua casinha à beira da rodovia. A questão: há uma lógica natural nesse desenho ou não? 

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